SÃO PAULO, 15 MAI (ANSA) – Líderes dos principais partidos de extrema direita da União Europeia confirmaram sua participação em um comício organizado pelo ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, e marcado para o próximo sábado (18).   

O evento deve ser o maior ato das forças “soberanistas” da UE em vista das próximas eleições europeias, que acontecem de 23 a 26 de maio e renovarão o Parlamento do bloco.   

“Em 18 de maio, em Milão, a convite do meu amigo Matteo Salvini, acontecerá a reunião de todos os partidos nacionais da Europa”, disse no Twitter a deputada e ex-presidenciável francesa Marine Le Pen, chamando o comício de “histórico”.   

O ato acontecerá às 15h (horário local), na Praça do Domo, que fica em frente à Catedral de Milão. “Grande reunião de reformadores da UE em Milão no sábado. Estou ansioso!”, reforçou o eurodeputado Harald Vilimsky, membro do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ).   

Salvini, por sua vez, agradeceu aos dois aliados no Twitter e afirmou que o comício defenderá a “Europa do bom senso, das nações e dos povos”. O ministro costura uma ampla coalizão supranacional de forças eurocéticas e de extrema direita que também inclui o partido Alternativa para a Alemanha (AfD).   

Segundo as últimas pesquisas, os grupos Reformistas e Conservadores Europeus (ECR) e Europa das Nações e da Liberdade (ENF), ambos formados por partidos de extrema direita, antimigração, anti-Islã e ultranacionalistas, podem superar a centro-esquerda e conquistar a segunda maior bancada do Parlamento Europeu.   

Dentro do campo eurocético, a Liga, legenda de Salvini, ainda trabalha para se tornar o partido mais votado da Itália e o segundo na UE, atrás apenas da União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler da Alemanha, Angela Merkel.   

O objetivo de Salvini é forçar o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, a formar uma aliança com os “soberanistas” para governar a União Europeia, embora essa hipótese já tenha sido rechaçada por Merkel – atualmente, o comando do bloco é compartilhado entre o PPE e os sociais-democratas. (ANSA)