Líderes estudantis de Hong Kong convocaram, nesta quinta-feira, uma greve de quase duas semanas para o início do período universitário, em setembro, com o objetivo de manter a pressão sobre o governo local.

A ex-colônia britânica, devolvida à China em 1997, é cenário desde junho de manifestações contra um projeto de lei que pretendia autorizar extradições para a China continental, onde a justiça está sob influência do Partido Comunista.

Os estudantes representam grande parte dos manifestantes que saem às ruas quase diariamente em Hong Kong, uma das maiores praças financeiras do mundo.

Os líderes estudantis da maioria das grandes universidades do território semiautônomo convocaram os alunos a aderir à greve a partir de 2 de setembro, data prevista do início das aulas, até 13 de setembro.

Eles ameaçam intensificar suas ações se o Executivo local não atender a cinco exigências, incluindo a adoção do sufrágio universal, a retirada definitiva do projeto de lei sobre extradições e a abertura de uma investigação independente sobre o uso da força pela polícia de Hong Kong.

“Duas semanas deverão ser suficientes para que o governo encontre a maneira de satisfazer as demandas”, declarou Davin Wong, presidente interino do sindicato de estudantes da Universidade de Hong Kong.

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O movimento de protesto ganhou força e ampliou rapidamente suas reivindicações, com pedidos por mais democracia, em uma cidade onde os jovens enfrentam o aumento do custo de vida e as reduzidas perspectivas de encontrar emprego.


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