O pacote de contenção de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não convenceu parte dos líderes do Congresso Nacional. Na avaliação dos parlamentares, o plano entregue pelo Planalto foi considerado tímido.
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Fontes ouvidas pelo site IstoÉ apontam que a expectativa de corte de despesas era maior antes do lançamento do pacote. Além da pressão em torno do tema, o fato de Haddad ter adotado uma visão mais “mercadista” contribuiu para a alta expectativa entre deputados e senadores.
De acordo com os parlamentares, os R$ 70 bilhões prometidos por Haddad não atingem nem metade do que eles avaliam como necessário. Para eles, a PEC tem um prazo de validade de dois a três anos, caso não sofra alterações significativas.
Segundo o texto apresentado pela Fazenda, o corte de gastos previsto é de R$ 30 bilhões em 2025 e mais R$ 40 bilhões em 2026. Até 2030, o governo federal espera economizar mais de R$ 300 bilhões.
A opinião dos líderes está alinhada com a visão do mercado financeiro. Conforme mostrado pelo site IstoÉ, analistas reagiram com ceticismo às medidas, considerando-as insuficientes.
Apesar da desconfiança, senadores e deputados afirmam que o texto deve passar com poucas alterações e ser aprovado nos próximos dias. A Câmara adotou o projeto como prioridade e pretende acelerar sua tramitação, priorizando a PEC dos Gastos sobre outras pautas. No Senado, o cenário é semelhante, com os parlamentares focados na apreciação da PEC e da Reforma Tributária até o dia 15 de dezembro.