A perda do presidente Jair Bolsonaro para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na “guerra da vacina” e o caos na saúde em Manaus (AM) fez com que líderes de partidos do Centrão discutam a possibilidade de impeachment do mandatário. A morte de diversos pacientes na capital do Amazonas por falta de oxigênio tem evidências de uma omissão federal. As informações são da Folha de S. Paulo.

Pesquisas internas de partidos indicam um descontentamento da população com o governo. No entanto, auxiliares do Palácio do Planalto acreditam que um provável sucesso do programa de imunização beneficie Bolsonaro.

O presidente confia na vitória do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) no comando da Câmara dos Deputados. No entanto, alguns presidentes de partidos do centrão dizem que, mesmo que o parlamentar vença, há chance de ser aberto o processo de impeachment.

A tese também é defendida pelo cientista político Carlos Melo. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o professor disse que o deputado foi “forjado à sombra de Eduardo Cunha (MDB-RJ)”, responsável pelo afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Segundo a Folha, um líder do Centrão acredita que um fator determinante para abrir um processo de  impeachment seja a queda da popularidade do presidente, que pode acontecer com o fim do auxílio emergencial e a piora na economia.