O representante republicano Mike Gallagher afirmou nesta quinta-feira (22) que o apoio do Congresso dos Estados Unidos a Taiwan é “extremamente forte” e acredita que permanecerá assim, independente do vencedor das eleições presidenciais de novembro.

O republicano, um crítico ferrenho da China, liderou uma delegação de cinco legisladores do Congresso dos Estados Unidos em Taiwan, uma visita que a China denunciou como uma “interferência”.

Os congressistas se reuniram em Taipé com a presidente Tsai Ing-wen e seu vice-presidente, Lai Ching-te, que venceu as eleições de janeiro e assumirá a presidência em maio.

Gallagher, presidente do Comitê sobre a China da Câmara de Representantes, afirmou à imprensa que vê no Congresso americano “um apoio a Taiwan crescente e extremamente forte”.

“Estou muito confiante que o apoio a Taiwan vai continuar, independente de quem ocupar a Casa Branca”, declarou.

Também fez um alerta contra qualquer tentativa da China de invadir a ilha de governo autônomo, que Pequim considera parte de seu território.

“Se Xi Jinping e o Partido Comunista da China (PCC) tomassem a decisão incrivelmente tola de tentar uma invasão de Taiwan, este esforço fracassaria”, afirmou.

“Diversas vezes, Taiwan mostrou ao mundo como enfrentar o bullying do PCC e não apenas sobreviver, mas prosperar”, acrescentou Gallagher em um comunicado.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, denunciou a visita como uma “interferência” e reiterou sua oposição “a qualquer tipo de evento oficial entre as autoridades dos Estados Unidos e de Taiwan”.

Os Estados Unidos são o principal aliado de Taiwan, ilha que está no centro de tensões entre Washington e Pequim. A China considera Taiwan parte de seu território e não descarta o uso da força para tomar seu controle.

A presidente Tsai deu as boas-vindas aos congressistas americanos e disse que a visita demonstra “o sólido apoio dos Estados Unidos à democracia de Taiwan”.

“Em 2024, esperamos ver mais intercâmbios EUA-Taiwan em diversos campos”, disse.

Durante o mandato de Tsai, que defende a soberania da ilha, as relações com a China pioraram, com o aumento da pressão militar, política e econômica de Pequim sobre Taiwan.

A visita ocorre após as eleições presidenciais de janeiro em Taiwan, vencidas por Lai Ching-te, do governante Partido Progressista Democrático, que Pequim classifica como um “perigoso separatista”.

A delegação do Congresso americano permanecerá em Taiwan até sábado como parte de um giro pela região da Ásia-Pacífico, informou em comunicado o Instituto Americano em Taiwan, a embaixada de fato de Washington em Taipé.

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