NAIRÓBI, 29 OUT (ANSA) – Mesmo após realizar duas eleições para escolher um novo presidente para o Quênia, a crise política no país africano parece estar longe do fim. Neste domingo (29), o principal líder opositor ao presidente Uhuru Kenyatta, Raila Odinga, voltou a pedir um novo pleito porque tudo até agora foi “uma farsa”.
“Nós não vamos nos negar ao diálogo, mas a agenda continuará sendo essa sobre como criar um ambiente político para que novas eleições sejam realizadas em 90 dias”, disse à imprensa local.
No último pleito, no dia 26 de outubro, todos os partidos de oposição se retiraram da disputa por considerar que não havia um ambiente leal na disputa. Até por conta disso, a afluência às urnas foi muito baixa, com menos de 35% dos eleitores indo votar. Kenyatta, por motivos óbvios, lidera a nova apuração.
A votação da semana passada ocorreu após a Corte Suprema anular a primeira votação, em 6 de agosto, por “irregularidades”. A disputa também foi vencida pelo atual mandatário do Quênia.
De acordo com Odinga, a democracia queniana “está correndo sérios perigos” porque Kenyatta está “tentando destruir todas as instituições de nosso país, incluindo a Corte Suprema”. (ANSA)