O líder dos conservadores da Turíngia, Mike Mohring, anunciou sua saída, nesta sexta-feira (14), após o terremoto político provocado na Alemanha por sua aliança sem precedentes com a extrema direita, que mergulhou o partido de Angela Merkel em uma crise.

“Acho que seria bom pacificar o partido, deixar de lado os interesses pessoais e encontrar um caminho comum para o futuro”, disse Mike Mohring, em um vídeo postado em sua conta no Twitter.

“Eu não quero ser um obstáculo e, portanto, não vou concorrer novamente à Presidência do partido”, disse ele, acrescentando que quer propor a realização de um congresso dedicado à eleição de seu sucessor.

Mohring estava sob pressão desde a eleição para o Parlamento regional de um líder liberal com o apoio dos conservadores da União Democrata Cristã (CDU) e da extrema direita da Alternativa para a Alemanha (AfD), que quebrou um tabu desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Uma aliança descrita como “ato imperdoável” pela chanceler Angela Merkel, que exigiu sua anulação, possivelmente por meio de novas eleições.

Mike Mohring recusou essa opção durante uma reunião em Erfurt, capital da Turíngia, com a presidente da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer (AKK).

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Na segunda-feira, a pupila de Merkel anunciou que renunciaria a ser candidata à Chancelaria, assim como à Presidência do maior partido da Alemanha, um grande golpe para a chanceler.

Dois dos três possíveis substitutos de AKK estão no campo anti-Merkel, o que revive as especulações de um fim prematuro do quarto e último mandato da chanceler.


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