O líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, o democrata Chuck Schumer, acusou neste sábado (7) as empresas chinesas de Xangai de “alimentarem a crise do fentanil”, que causou a morte de milhares de pessoas no seu país.

Uma delegação de senadores americanos, liderada por Schumer, chegou neste sábado à China, em um momento em que ambas as potências tentam aliviar as tensões bilaterais.

O avião da delegação, que inclui senadores democratas e republicanos, pousou à tarde em Xangai, capital econômica da China.

“Esperamos que esta visita permita ao Congresso dos EUA compreender a China de forma objetiva”, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês na quarta-feira, celebrando a viagem.

Em maio, vários senadores dos EUA, incluindo Schumer, anunciaram um plano para abordar a crescente influência chinesa no mundo.

Esta iniciativa visa limitar os fluxos de investimento e tecnologia de ponta para o gigante asiático, e dissuadir Pequim de qualquer agressão contra a ilha de Taiwan, que a China considera uma província rebelde.

“Outra questão que gostaríamos de abordar nesta viagem é o fluxo de produtos químicos mortais, como o fentanil, procedentes de empresas chinesas”, disse Schumer.

“Não se trata do governo, trata-se de empresas chinesas. Elas estão alimentando a crise do fentanil que está envenenando comunidades nos Estados Unidos”, acrescentou.

O fentanil é um poderoso opioide sintético usado na medicina, mas que pode ser usado como droga.

Segundo a agência Bloomberg, a delegação espera se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, nos próximos dias, em Pequim.

Ao mesmo tempo, está prevista uma reunião entre Xi e o presidente dos EUA, Joe Biden.

Biden levantou na sexta-feira como uma “possibilidade” que este encontro com Xi Jinping aconteça durante a cúpula da APEC, o fórum de cooperação econômica Ásia-Pacífico, em meados de novembro, em San Francisco.

Nos últimos meses, Pequim e Washington retomaram o diálogo de alto nível com uma série de visitas de altos funcionários americanos a Pequim, incluindo o chefe da diplomacia, Antony Blinken, que viajou para a China em junho.

No entanto, a relação bilateral continua tensa devido a várias disputas comerciais, às críticas à estratégia de Pequim no Mar da China Meridional e à questão de Taiwan.

sbr/pz/avl/meb/hgs/an/aa