O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse nesta quarta-feira, 26, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai “entrar em campo” para ajudar na aprovação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) no Senado.
“É prioridade central do governo, a aprovação do nome do Messias. A questão do Messias, da aprovação do Messias, é sim muito importante. O presidente Lula vai entrar em campo, a prioridade central do governo”, afirmou Lindbergh no Planalto, antes da cerimônia de sanção da lei que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil.
O deputado declarou ter “convicção” que o nome do atual advogado-geral da União será aprovado pelo Senado. O presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União-AP), marcou a sabatina para 10 de dezembro. O tempo curto para convencimento dos senadores foi um recado de Alcolumbre por sua insatisfação com a indicação de Messias. O preferido dele era Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado.
Messias será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, posteriormente, terá sua indicação votada pelos 27 membros da comissão. Placar do Estadão mostra que, até o momento, são contabilizados seis votos “não” ao ministro no STF, cinco “sim” à condução do chefe da AGU ao Supremo e quatro indecisos.
Lindbergh também protagoniza um atrito com a cúpula do Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou publicamente que rompeu com o líder petista. O deputado minimizou o fato, dizendo que isso é uma “questão menor” e que estaria preocupado mesmo se esse rompimento fosse com Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo.
Motta e Acolumbre não compareceram à cerimônia de sanção da ampliação da faixa de isenção do IR na manhã desta quarta no Planalto.