Considerado um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na fronteira do Brasil com o Paraguai, o traficante Isac da Silva Prado, de 28 anos, foi preso nesta quinta-feira, 11, em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo. Prado foi autuado em flagrante por tráfico de entorpecentes após ser flagrado com comprimidos de ecstasy. Ele havia sido extraditado do país vizinho em março, após ser detido com outros cinco brasileiros pela Polícia Nacional do Paraguai em Pedro Juan Caballero, na fronteira entre os dois países.

O brasileiro é suspeito de envolvimento no assassinato do investigador da Polícia Civil Wescley Dias Vasconcelos, de 37 anos, executado com tiros de fuzil, no dia 6 de março, em Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, também na fronteira com o Paraguai. O policial investigava a atuação de Prado no tráfico de drogas e armas na região fronteiriça.

Ele e outros supostos integrantes do PCC, Lucas Ferreira da Silva, Raimundo Afonso de Carvalho, Victor Fernandes de Souza, Leonardo Caio dos Santos e Wellington dos Santos, foram expulsos do Paraguai e entregues à Polícia Federal brasileira na sede das Migrações de Pedro Juan Caballero, no dia 8 de março.

Prado responderia no Brasil por crimes de tráfico de drogas e contrabando de armas. Ele também seria investigado como possível mandante do assassinato do policial civil. Vasconcelos foi morto com 30 tiros de fuzil AK-47 calibre 7.62 em frente a sua casa, em Ponta Porã, logo após ter coletado as impressões digitais de Prado e dos outros cinco brasileiros, membros do PCC, que tinham sido detidos no lado paraguaio da fronteira. O objetivo era confirmar se os detidos usavam identidades falsas, já que eram procurados no Brasil.

A Polícia Civil de Peruíbe vai apurar em que circunstâncias Prado estava em liberdade, após ser deportado do Paraguai. Conforme o delegado Bruno Mateo Lázaro, policiais locais e de Itanhaém prenderam o suspeito quando investigavam imóveis usados como depósito da droga que seria distribuída no litoral e em outras regiões do Estado. Na região, o traficante também é conhecido pelo apelido de “Cicatriz”.

Conforme a polícia, Prado se recusou a prestar depoimento e informou que só falaria em audiência com um juiz. Ele foi levado para uma cadeia pública da região.

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