Líder do partido de Jair Bolsonaro na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) defendeu a ministra das Relações Institucionais do presidente Lula (PT), Gleisi Hoffmann, por seu posicionamento sobre o projeto de lei que tramita no Congresso para anistiar os baderneiros que invadiram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
“Se for verdadeira a informação divulgada pela GloboNews de que Ministros do STF ligaram para ‘dar pito’ na Ministra Gleisi por opinião pessoal dada em entrevista, deixo aqui o meu respeito institucional à sua prerrogativa como Ministra de Estado“, escreveu Sóstenes em seu perfil no X (antigo Twitter).
+Gleisi fala em ‘crise institucional’ se Câmara pautar anistia
“Meu mais duro repúdio a esse comportamento autoritário e antirrepublicano. Ministro do STF não tem autoridade para repreender, pressionar ou intimidar membro do Poder Executivo“, concluiu.
Se for verdadeira a informação divulgada pela GloboNews de que Ministros do STF ligaram para “dar pito” na Ministra Gleisi por opinião pessoal dada em entrevista, deixo aqui o meu respeito institucional à sua prerrogativa como Ministra de Estado.
E o meu mais duro repúdio a esse…
— Sóstenes Cavalcante (@DepSostenes) April 11, 2025
Sóstenes se referiu à informação revelada pelo canal GloboNews de que os magistrados repreenderam a ministra por suas declarações a respeito da anistia. Na quinta-feira, 10, Gleisi disse que a pauta pode ser debatida “na sociedade e no Congresso”, sem “interferir na autonomia do Poder Judiciário”.
A discussão do PL da anistia esbarra em decisões do Supremo, tendo em vista que a corte condenou 497 pessoas pelo quebra-quebra em Brasília, sendo 44 delas a penas de 17 anos e meio de prisão — equiparáveis a um homicídio qualificado.
Diante das punições, a bancada bolsonarista se mexeu para anistiar os condenados via Legislativo. Além de pressões parlamentares, milhares de pessoas foram à avenida Paulista, no início de abril, em manifestação puxada por Bolsonaro pela causa.
Na quinta-feira, segundo o líder do PL, o projeto atingiu 257 assinaturas na Câmara, número suficiente para tramitar em urgência.