03/01/2024 - 17:22
O líder do movimento libanês pró-iraniano Hezbollah afirmou, nesta quarta-feira (3), que seu grupo lutará “sem limites” se Israel declarar guerra ao Líbano, no dia seguinte à morte do número dois do movimento islamista palestino Hamas perto de Beirute.
“No momento, combatemos no front de forma calculada (…), mas se o inimigo pensar em lançar uma guerra contra o Líbano, vamos combater sem limites, sem restrições, sem fronteiras”, advertiu Hassan Nasrallah em um discurso transmitido ao vivo pela televisão.
“Não tememos a guerra”, afirmou.
Seu discurso ocorre no dia seguinte à morte do número dois do Hamas, Saleh Al Aruri, em um bombardeio atribuído a Israel no subúrbio sul de Beirute, reduto do Hezbollah.
Outros seis dirigentes do movimento islamista palestino morreram no ataque, executado por um drone.
Nasrallah afirmou que o assassinato do líder do Hamas, grupo aliado do Hezbollah, foi um “crime perigoso” e que não “ficaria impune”.
Saleh al Aruri será enterrado na quinta-feira no campo de refugiados palestinos de Shatila, em Beirute.
O Exército israelense não reivindicou a autoria do bombardeio, mas afirmou que se preparava para “qualquer cenário”.
Um funcionário de segurança libanês de alto nível disse à AFP que o número dois do Hamas foi morto por “mísseis guiados”, disparados por um caça israelense.
Desde 8 de outubro, dia seguinte ao início da guerra entre Israel e Hamas, o Hezbollah faz ataques quase diários contra Israel.
As trocas de tiros têm se limitado à região fronteiriça entre os dois países. Desde o início do conflito, 171 pessoas morreram no Líbano, entre elas mais de 120 combatentes do Hezbollah e mais de 20 civis, incluindo três jornalistas, segundo contagem da AFP.
bur/at/sag/jvb/mvv/am