O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), engrossou o coro da oposição contra a proposta arquitetada pelo governo de antecipar as eleições presidenciais para encurtar o mandato da presidente Dilma Rousseff. “Uma proposta como esta é cortina de fumaça para desviar o foco de um problema que está prestes a ser solucionado. O Brasil só volta a crescer se Dilma for afastada”, afirmou. Para o líder, convocar novas eleições criaria mais instabilidade política num momento conturbado do Brasil.

Mais cedo, o líder do PPS na Casa, Rubens Bueno (PR), disse que novo pleito só seria possível se a chapa da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, fosse cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso contrário, traria mais tensão ao ambiente político e econômico.

“A Constituição não prevê qualquer possibilidade de antecipação das eleições que não seja pela renúncia de presidente e vice ou a cassação da chapa eleita pelo Tribunal Superior Eleitoral. O remédio constitucional para a crise é o impeachment da presidente Dilma”, disse, por meio de nota. “Saídas fora desse caminho, como a tentativa de se mudar a Constituição com o jogo em andamento, podem agravar ainda mais a situação política e econômica e retardar a implantação de mudanças urgentes que o Brasil precisa”, emendou.

Na Câmara, os petistas desconversam sobre a proposta, mas hoje a presidente Dilma voltou a dar sinais de que está mesmo disposta a enviar ao Congresso uma proposta de realização de eleições presidenciais este ano. A presidente, no entanto, ainda avalia o melhor momento para tomar a iniciativa.

Atualmente já existe uma PEC sobre esse tema no Senado, mas auxiliares de Dilma avaliam que o gesto de propor o encurtamento do mandato deve ser feito por ela como sinal de pacificação.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias