BEIRUTE, 20 OUT (ANSA) – As forças de maioria curda apoiadas pelos Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (20), oficialmente, a reconquista de Raqqa, considerada a “capital” do Estado Islâmico na Síria.   

Em uma coletiva de imprensa no estádio local, usado como prisão e campo de tortura pelo EI, as milícias disseram que a cidade está totalmente libertada dos jihadistas, após quase um ano de conflitos pelo seu domínio.   

“Nossa vitória é contra o terrorismo”, afirmou Talal Sillo, porta-voz das Forças Democráticas da Síria (FDS), conjunto de grupos majoritariamente curdos que reconquistou Raqqa com apoio da coalizão internacional liderada pelos EUA.   

Segundo as FDS, a cidade será entregue a um conselho formado por “expoentes locais e chefes tribais árabes”, etnia dominante na região. Situada no norte do país, perto da fronteira com a Turquia, Raqqa estava ocupada pelo EI desde janeiro de 2013, quando as forças leais ao presidente Bashar al Assad se retiraram.   

Desde então, se tornou a cidade mais importante sob domínio do grupo terrorista na Síria e palco de algumas de suas maiores atrocidades, além de ter servido de esconderijo para o “califa” do Estado Islâmico, Abu Bakr al Baghdadi.   

A reconquista de Raqqa, resultado da ofensiva iniciada no fim de 2016, representa um duro golpe para o EI, que recentemente também perdeu Mosul, maior município sob seu poder no Iraque.   

(ANSA)