O Líbano recebeu na manhã desta quinta-feira, 2, um pedido de prisão da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) contra Carlos Ghosn, afirmou Albert Sarhane, citado pela agência de notícias oficial ANI. Apesar de não ter autorização para emitir mandados de prisão e iniciar investigações ou processos, o órgão pode ser acionado pelos países-membros e tribunais internacionais para a publicação de “alertas vermelhos”. Esses avisos de busca internacional são baseados em mandados de captura nacionais, cujas informações são transmitidas aos outros membros por meio de um banco de dados seguro.

Mais cedo, as autoridades da Turquia já haviam prendido sete pessoas suspeitas de ajudar o ex-CEO da aliança Renault-Nissan a chegar ao Líbano na segunda, 30, após sua fuga do Japão, onde servia prisão domiciliar e aguardava julgamento.

De acordo com a agência de notícias DHA, entre os detidos estão quatro pilotos suspeitos de auxiliar Ghosn a viajar ao Líbano a partir de um aeroporto em Istambul, onde ele chegou em um voo procedente do Japão. O ministério do Interior iniciou uma investigação para determinar as condições nas quais o empresário brasileiro conseguiu transitar pela capital econômica da Turquia, informou o canal NTV.

A fuga de Ghosn do Japão, onde o executivo foi acusado de fraude financeira e estava sob detenção domiciliar após passar 130 dias na prisão, representou uma mudança espetacular no caso, que envolve um dos principais executivos da indústria automobilística.

A suspeita é de que Ghosn tenha embarcado em um jato privado no aeroporto de Kansai. Um avião deste tipo decolou em 29 de dezembro às 23h (horário do Japão) com destino a Istambul, segundo a imprensa japonesa.

O jornal turco Hürriyet informou que Ghosn pousou no aeroporto Ataturk, atualmente fechado para voos comerciais, mas ainda utilizado por aeronaves privadas. Dali, ele teria partido para o Líbano pouco tempo depois, em outro jato.

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