O Ministério das Relações Exteriores libanês condenou, neste sábado (9), a “interferência flagrante e inaceitável” do Irã, que expressou “oposição” à decisão libanesa de desarmar o Hezbollah, um aliado iraniano.
O ministério “condena as recentes declarações de Ali Akbar Velayati, conselheiro do líder supremo da República Islâmica do Irã, uma interferência flagrante e inaceitável nos assuntos internos do Líbano”, afirmou em comunicado.
Velayati havia declarado pouco antes que “a República Islâmica do Irã se opõe ao desarmamento do Hezbollah, pois o Irã sempre ajudou ao povo libanês e à Resistência, e continua a fazê-lo”.
“Algumas autoridades iranianas persistem em manter posições duvidosas sobre decisões internas libanesas que não dizem respeito à República Islâmica”, acrescentou o ministério libanês.
Também “lembrou aos líderes em Teerã que seria melhor para o Irã se concentrar nos problemas de seu próprio povo”.
Em abril, o ministro convocou o embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani, para explicar suas declarações sobre o “desarmamento” do Hezbollah.
Na rede social X, o embaixador iraniano descreveu o plano de desarmamento como uma “conspiração contra alguns Estados”, sem especificar quais ou nomear o Hezbollah.
Na terça-feira, o governo encarregou o Exército de desenvolver um plano para desarmar o Hezbollah até o final do ano, ao qual o movimento xiita se opõe.
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