‘Levou uma paulada na cabeça’, diz esposa de brasileiro que foi espancado e expulso de boate em Portugal

Reprodução/TV Santa Cruz
Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Douglas Rosa, natural de Ilhéus (BA), foi espancado no sábado (6) junto com amigos venezuelanos ao serem expulsos da boate Call in Faro, localizada na cidade de Faro, Portugal. A esposa do brasileiro, Gislaine Rosa, afirmou que ele “levou uma paulada na cabeça”. As informações são do G1.

A mulher contou que os dois vivem há três anos na cidade de Faro, e Douglas trabalha no país europeu na área de construção civil. Já ela atua como auxiliar de cozinha.

‘Levou uma paulada na cabeça’, diz esposa de brasileiro que foi espancado e expulso de boate em Portugal

Gislaine Rosa e Douglas Rosa

No dia das agressões, o casal brasileiro estava com um grupo de amigos venezuelanos na boate para comemorar um aniversário. “(Douglas e os amigos) Estavam bailando, dançando normal quando, de repente, mais ou menos cinco minutos depois, entraram sete seguranças apontando para o meu companheiro e mais dois amigos nossos, dizendo ‘tira esse, tira esse, tira esse’. Aí começaram a tirar eles brutalmente dentro da discoteca”, disse Gislaine em entrevista à TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia.

“Meu esposo levou uma paulada na cabeça, está com hematomas, vários pontos na cabeça. Meu amigo também levou um soco no olho, fraturou a parte de baixo do olho”, acrescentou.

Gislaine ressaltou que não houve motivo para os homens terem sido retirados da boate e, até o momento, não entendeu o porquê das agressões.

“Começaram a empurrar com pontapés, jogaram na rua e dizendo: ‘Vão embora, sumam daqui, não queremos vocês aqui”, disse.

Ainda segundo ela, por causa da gravidade dos ferimentos, os homens tiveram de ser transferidos para uma emergência em Lisboa, pois a unidade de saúde de Faro não está preparada para realizar alguns procedimentos cirúrgicos.

Gislaine ressaltou que acionou a polícia local, mas nenhum dos agressores foi preso. Um dos homens agredidos também prestou queixa. Agora a brasileira pretende procurar o Consulado do Brasil, em Lisboa, para solicitar auxílio jurídico.

“Estou só esperando meu esposo ficar bem e a gente ficar bem mentalmente, porque estamos bem abalados, assustados. Não é fácil, a gente nunca viveu isso no nosso país e chegar aqui para se deparar com isso, ainda mais com o segurança de um local que deveria dar a nossa segurança e não causar o que causaram”, afirmou.

Mesmo assustados com a situação, Gislaine disse que ela e o companheiro não pensam em deixar Portugal. “Creio que esse momento não vai apagar tudo que eu vivi de bom. É um país que me proporcionou muitas coisas em três anos, já consegui conquistar muita coisa que no Brasil nunca consegui conquistar.”

“Eu não vou ser mais um caso, eu vou ser o caso aqui. Vamos revolucionar Portugal porque isso não vai ficar assim, eu quero justiça”, completou.

Procurada, a boate Call in Faro informou que a violência sofrida pelo brasileiro e pelos venezuelanos não foi praticada por seus funcionários, nem ocorreu dentro do estabelecimento. Também ressaltou que mantém contato com as vítimas e as autoridades para ajudar na elucidação do caso.