Nos próximos capítulos de “Vale Tudo”, da TV Globo, Afonso Roitman (Humberto Carrão) enfrentará outra provação após ser diagnosticado com leucemia mieloide, um tipo de câncer que afeta o número de células no corpo humano e pode prejudicar a medula óssea.
Trama inédita na novela, a condição do herdeiro da TCA pode servir de importante alerta para os telespectadores de ‘Vale Tudo’.
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Em bate-papo com a IstoÉ Gente sobre detalhes da doença, Marina Nascimento, médica especializada em Hematologia e Hemoterapia do A.C.Camargo, afirmou que o enredo do personagem na novela das 21h é essencial para despertar mais interesse nas pessoas acerca do tema.
“Além de quebrar alguns preconceitos, reduzir o medo do diagnóstico da doença e aumentar também uma atenção para alguns sintomas de alerta, também pode incentivar as pessoas a buscarem mais informações de qualidade, levando a uma ajuda médica mais precoce”, comenta.
“Essa visibilidade pode levar indivíduos a identificarem alguns sintomas iniciais da doença, que muitas vezes são confundidos com cansaço, mal-estar ou alguma outra doença comum”, detalha. “Ao assistir esse diagnóstico na televisão, que mostra desde os sintomas até o diagnóstico e o tratamento, as pessoas não ignoram sinais mais persistentes e procuram um médico o quanto antes.”
Sintomas e diagnóstico
Marina chama atenção para sintomas como: cansaço, fraqueza intensa, manchas roxas na pele e até alguns sangramentos sem nenhuma causa aparente. Na novela, quem inicialmente começa a perceber esses sintomas em Afonso é a própria irmã, Heleninha (Paolla Oliveira), que aproveita para aconselhar o empresário a procurar por ajuda médica.
Além disso, também é importante ficar atento à febres, perda de peso, dor nos ossos e articulações de forma excessiva e sem motivo aparente.
Para o diagnóstico completo, é essencial que o paciente passe por um hemograma, exame que idêntica alteração nos glóbulos brancos e nas plaquetas. Ele está disponível em hospitais da rede privada ou até mesmo no SUS, de forma gratuita.
“Eles oferecem tanto os exames para o diagnóstico quanto o tratamento, que pode envolver quimioterapia, medicações específicas com terapia-alvo e também o transplante de medula óssea. Caso seja necessário um transplante da medula óssea, é necessário um doador compatível, que pode ser uma pessoa da família ou eventualmente um doador de banco.”
Leucemia mieloide é fatal?
A doutora explica que, eventualmente, sim, mas que, com os devidos cuidados, o paciente pode voltar a ter uma vida normal.
“É uma doença realmente grave, mas com um tratamento muito eficaz”, afirma. “A medicina avança cada vez mais, com novos tratamentos que são mais eficazes, menos tóxicos e que conseguem aumentar as taxas de sobrevida dos pacientes, com efeitos colaterais não graves.”
“O importante é sempre se informar sobre o diagnóstico, procurar auxílio médico especializado e fazer o tratamento adequado. Quanto antes o diagnóstico, melhor será o resultado.”
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** Estagiária sob supervisão