O Palmeiras se reergueu na última década e tem sido um dos protagonistas “fixos” do futebol brasileiro nesses últimos anos, mas desde a chegada de Abel Ferreira, esse time parece ter alcançado um patamar ainda maior, chamando a atenção por sua resiliência, sua capacidade de recuperação e sua constância na disputa por títulos enfrentando inúmeras adversidades. As virtudes palmeirenses estão aí, mas foram bem retratadas por Abel Ferreira e Dudu após o Dérbi.

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Ninguém é maluco ou desonesto a ponto de negar os resultados que o Verdão tem apresentado sob o comando do português. Alguém pode até contestar a qualidade do jogo, que tem a ver com gosto pessoal, mas os números e os fatos estão aí para provar o quanto é bom esse time, que ainda evoluiu em 2022 e apresentou mais repertório do que já tinha. Mas esse trabalho não se resume a isso.

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As virtudes desse Alviverde passam muito por aspectos mentais, que envolvem confiança, foco, resiliência, força coletiva, entrega, entre outros fatores que fogem da tática e da técnica. Talvez esses sejam os diferenciais de uma equipe que desde o fim de 2020 tem disputado títulos atrás de títulos e parece não se cansar de buscar mais.

Para Abel Ferreira, os méritos são totais de seus jogadores, que mostram caráter e vontade de melhorar a cada jogo. Isso tudo em cenários adversos, como jogar um clássico na Neo Química Arena, contra o vice-líder do campeonato e com o peso de um desgaste enorme após uma decisão enorme há menos de 72 horas.

– Sabemos o quanto é difícil manter o sarrafo lá em cima, para mim tem a ver com uma coisa muito simples, o caráter do jogador e do homem, tem a ver com o orgulho que eles têm em ser melhores, tem a ver com vontade a cada treino, a cada dia, a cada jogo, serem melhores do que eles foram ontem – disse Abel antes de completar:

– Eu não exijo que eles ganhem os jogos, porque eu não sei qual vai ser o resultado, eu exijo que cada um dê aquilo que sabe fazer de melhor. Como hoje, em que fizemos uma partida muito focada, que tem a ver com caráter, com orgulho, com vontade, para além da qualidade – concluiu o treinador alviverde.

Isso falado pelo comandante do time para um discurso mais preparado para ter esse efeito professoral, teórico, mas quando ele parte de um jogador, sobretudo Dudu, o maior ídolo desse elenco, ele ganha força. Após o Dérbi, o camisa 7 falou da concentração da equipe como um diferencial, além da entrega dos jogadores ao que é pedido por Abel Ferreira, mesmo se for algo fora da posição.

– Acho que é a concentração dentro do jogo, é a concentração de jogar um grande jogo como esse, de não errar, de fazer aquilo que ele (Abel Ferreira) pede para o time. Eu acho que a gente faz isso muito bem, você vê nossos jogadores sempre se dedicam, correm, se têm que fazer o centroavante, fazem, se têm que fazer uma posição de lateral, fazem. Então acho que o time é muito bem preparado, muito bem concentrado para fazer essas funções.

Desde 2015 no Palmeiras, Dudu passou por altos e baixos no clube e conviveu com times tecnicamente muito bons, que foram vencedores e que deixaram boas memórias para o torcedores. No entanto, o camisa 7 admite que é este atual que está fazendo história.

– Um time bem preparado, a gente se prepara bem, a gente já teve grandes times aqui também, mas este está fazendo história, está conquistando, está ganhando jogos, então a gente procurar deixar o nome marcado na história do clube e este elenco está fazendo isso muito bem – finalizou o atacante palmeirense.

O Palmeiras trabalhará bastante essa questão mental durante esta semana, que terá livre para descansar e treinar antes de receber o Flamengo, no próximo domingo, no Allianz Parque. O jogo, marcado para às 16h, colocará frente a frente líder e vice-líder do Brasileirão. Com uma vitória, o Verdão abriria 12 pontos para o rival, já uma derrota diminuiria a vantagem alviverde para seis pontos.


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