O atacante Jéfferson Farfán está fora da Copa América. A Federação Peruana de Futebol anunciou nesta segunda-feira o corte do jogador por causa de uma lesão no joelho esquerdo. A entidade não revelou quando o atleta se machucou e qual a gravidade da contusão. E, pelo regulamento da competição, o técnico Ricardo Gareca não poderá convocar um substituto para o jogador do Lokomotiv Moscou.

Farfán teve o seu corte confirmado pouco depois de a seleção do Peru ter treinado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, sem poder contar com o atleta. Antes disso, ele fez dupla de ataque com Guerrero e atuou durante todo o jogo contra o Brasil, no último sábado, na Arena Corinthians, onde a equipe de Tite goleou o adversário por 5 a 0 na rodada final do Grupo A do torneio continental.

Guerrero, por sua vez, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira antes do comunicado sobre Farfán e disse que a goleada sofrida para os brasileiros foi frustrante, mas ele celebrou o fato de que o Peru terá a chance de se redimir nas quartas de final da Copa América, no sábado, na Arena Fonte Nova, onde terá pela frente o líder do Grupo C da competição, que será definido na noite desta segunda.

“Decepção não está dentro do nosso contexto, frustração sim, mas não decepção. O futebol proporciona reviravoltas e temos a oportunidade de nos recuperarmos”, afirmou o atacante e capitão peruano, no Pacaembu.

Ao comentar a derrota para a seleção brasileira, o jogador do Internacional também garantiu que o Peru não deixará a sua confiança ser abalada pelo resultado ruim do último sábado. “Como para todos os peruanos, nos dói perder desta forma, mas temos um grupo competitivo, ganhador e que rapidamente se repõe. Teremos uma ‘revanche’ no sábado para fazermos melhor as coisas, corrigir os erros e o professor (Gareca) poderá fazer algumas alterações”, disse.

Perguntado se o grupo estava “rachado”, Guerrero negou qualquer time de crise. “O grupo sempre esteve unido, se mantém unido e tem de ser forte. Sou o capitão e nos dói que se digam essas coisas”, ressaltou.

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Para justificar o clima de união na seleção, Guerrero lembrou que todo o elenco se solidarizou com o goleiro Pedro Gallese, autor de um erro que propiciou o segundo gol da seleção brasileira, marcado por Firmino. O atleta se recuperou em parte ao defender o pênalti de Gabriel Jesus no fim do jogo, quando o placar já estava 5 a 0.

“Neste grupo todos se sentem identificados, todos conversamos muito e nós mesmos nos fortalecemos. Não só apenas eu como capitão, mas todo o grupo lhe passa confiança, pois nos salvou em muitas vezes.”

Autor do gol do título mundial do Corinthians, em 2012, Guerrero não se surpreendeu com as vaias na arena de Itaquera. “As vaias são normais por eu ser um jogador rival do Brasil”, disse o jogador, que passou o dia de folga ao lado dos familiares.

Gareca prepara a equipe que vai enfrentar o primeiro colocado do Grupo C, que será decidido no confronto desta segunda-feira, no Maracanã, entre Chile e Uruguai. Líderes da chave, os chilenos têm seis pontos, contra quatro dos uruguaios.

“Seria lindo enfrentar o Chile e o técnico Reinaldo Rueda (seu ex-treinador no Flamengo). Existe uma rivalidade histórica com o Chile, mas temos de nos prepararmos psicologicamente para quem for o classificado, sem importar o rival”, disse Guerrero, se referindo à Guerra do Pacífico, ocorrida de 1879 a 1883, quando os chilenos enfrentaram forças conjuntas de Bolívia e Peru.

No final da guerra, o Chile anexou áreas ricas em recursos naturais de ambos os países. Os peruanos perderam a província de Tarapacá e os bolivianos tiveram de ceder a província de Antofagasta, ficando sem uma saída soberana para o mar.


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