O opositor venezuelano Leopoldo López qualificou nesta segunda-feira (27), em Madri, como “arbitrariedade” a proposta de Nicolás Maduro de retirar sua nacionalidade e afirmou que as medidas de pressão de Washington sobre o presidente venezuelano “não são contra a Venezuela”, mas sim contra o narcotráfico.
“Maduro, em outro ato de profunda arbitrariedade, anunciou que vai retirar a minha nacionalidade”, disse López em uma coletiva de imprensa em Madri, onde vive desde 2020, argumentando que essa proposta “não tem nenhum fundamento na Constituição”.
Maduro pediu ao Tribunal Supremo que retire a nacionalidade de López por promover uma invasão militar dos Estados Unidos ao seu país.
O opositor, que esclareceu que sua única nacionalidade é a venezuelana, disse que não contestará a proposta porque em seu país “não há um Tribunal Supremo de Justiça. Há uma ficção de justiça”, e que não esperava “nada de nenhuma instituição” venezuelana.
Questionado se apoiava uma intervenção militar dos Estados Unidos ou os últimos movimentos de Washington contra Maduro, López respondeu: “sim, concordo que sejam tomadas todas as ações necessárias para neutralizar o Cartel dos Sóis e quem o lidera, que são Nicolás Maduro e Diosdado Cabello”.
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