Nome de complexo aquático no Rio de Janeiro e do principal torneio da natação brasileira, Maria Emma Hulga Lenk completaria 106 anos nesta sexta-feira (15). A lenda das piscinas morreu em 2007 aos 92 anos, mas sua contribuição para o esporte ainda é visto como exemplo para as gerações presentes e futuras.

Atualmente ainda se discute a questão de gênero para o equilíbrio entre patrocínios e financiamento aos esportes no País. Lenk conseguiu fazer muito a respeito, em uma época na qual a natação brasileira não era reconhecida.

Considerada a pioneira do esporte no Brasil, ela também foi a primeira nadadora de toda a América do Sul a competir em uma Olimpíada.

Seus recordes não param por ai, Lenk foi a primeira recordista mundial da história da Natação nacional e primeira brasileira a ser homenageada pela ISHF (International Swimming Hall of Fame).

Sua trajetória começa em um período no qual mulheres sequer eram incentivadas à prática de esportes no Brasil. Em 1932, a nadadora integrou a delegação brasileira para os jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos. Na edição seguinte em 1936, nos jogos alemães de Berlim, Maria foi uma das quatro integrantes da equipe brasileira.

Filha de alemães, a lenda da natação foi pioneira ao trazer o nado sincronizado ao País, além de contribuir para a fundação da Escola Nacional de Educação Física, da Universidade do Brasil, atual UFRJ. A chance de uma medalha olímpica foi perdida por conta do cancelamento em 1939 dos jogos de Tóquio, que seriam realizados em 1940, causado pelo início da Segunda Guerra Mundial.

No mesmo ano, em 1939, Lenk conseguiu bater dois recordes mundiais, marca atingida somente 70 anos depois por Cesar Cielo. Ela nadou os 400 m peito em 6min15s80 e 200m peito em 2min56s90.


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