Lembra dele? Ex-Palmeiras, Asprilla relembra ‘ligação’ com Pablo Escobar

Atacante colombiano defendeu o clube paulista em 1999 e 2000

Reprodução/Instagram/@eltinoasprilla
Asprilla vestindo a camisa do Parma, da Itália Foto: Reprodução/Instagram/@eltinoasprilla

Um dos grandes jogadores da história do futebol colombiano, Faustino Asprilla relembrou momentos importantes da carreira e contou sobre a ligação do jogador com Pablo Escobar, líder do Cartel de Medellín.

Asprilla começou a carreira na Colômbia, no Cúcuta Deportivo, em 1988. Porém, em 1989 se transferiu para o Atlético Nacional, principal time da cidade de Medellín, cidade que à época ainda era dominada pelo cartel de Escobar.

O jogador, que se aposentou em 2004, ainda teve boas passagens na Europa, especialmente no Parma, da Itália, onde é ídolo. Asprilla também atuou no futebol brasileiro, vestindo as camisas de Palmeiras e Fluminense no inicio dos anos 2000.

Ligação com Escobar

Em entrevista ao italiano “‘La Gazzetta dello Sport”, Asprilla falou sobre os rumores, vinculados á época de sua mudança para o Parma, de que o narcotraficante teria envolvimento em sua transferência, negou que sabia de algo, mas ressaltou o “poder” de Escobar.

“Foi o que escreveram, mas eu nunca soube de nada. Pablo Escobar certamente tinha o Nacional Medellín no coração e naquela época nada era feito sem seu consentimento” relatou o ex-atleta.

Em outro momento, em 2019, Asprilla já expôs outras histórias que envolviam a organização de Pablo Escobar.

Em entrevista ao canal de televisão Telepacífico, da Colômbia, Asprilla afirmou que “evitou” o assassinato do goleiro paraguaio Chilavert, que se envolveu em uma briga com o atacante durante um jogo entre as seleções de seus países.

“Recebi uma ligação e uma voz me disse: ‘Meu nome é Julio Fierro. Venha ao meu hotel, temos que conversar’, e me passou um endereço. Fui até lá e este homem estava com outras 10 pessoas, todas bêbadas, e muitas mulheres. O (ex-atacante) Aristizábal estava comigo, e eles nos disseram: ‘Necessitamos que você nos dê autorização, porque vamos deixar dois homens aqui em Assunção para matar Chilavert'”, afirma.

Indignado e assustado, Asprilla teria dito que o que aconteceu em campo, ficou no campo, e que a execução não deveria prosseguir e foi atendido por Fierro.

Vida após aposentadoria

Depois de uma trajetória consolidada no futebol, com mais de 150 gols marcados e mais de 50 atuações vestindo a camisa Colombiana, Asprilla encerrou sua carreira no Estudiantes, da Argentina, aos 36 anos.

Em entrevista ao mesmo jornal italiano, em 2022, o atacante contou sobre a sua vida pós aposentadoria: “Tenho uma fazenda, vendo cana-de-açúcar para o governo colombiano e, por meio de uma campanha publicitária, vendo camisinhas”.

Carreira

Asprilla teve uma carreira longeva, mais de 15 anos atuando. Ao todo, vestiu a camisa de 9 times diferentes: Cúcuta Deportivo, Atlético Nacional, Parma, Newcastle, Palmeiras, Fluminense, Atlante, Universidad de Chile e Estudiantes.

Vestindo as camisas de Atlético Nacional e Parma, foi onde teve mais sucesso na carreira. Pelo clube colombiano, conquistou a Copa Interamericana (1989) e o Campeonato Colombiano (1991). Já pelo time italiano, conquistou Recopa Europeia (1992–93), Supercopa Europeia (1993–94), Copa da UEFA (1994–95 e 1998–99), Copa da Itália (1998–99) e Supercopa da Itália (1999).

No Brasil também deixou a sua marca, conquistando o Torneio Rio-São Paulo (2000) e a Copa dos Campeões (2000), ambos vestindo a camisa do Palmeiras.