O presidente da Pré-sal Petróleo (PPSA), Ibsen Flores, informou que a segunda tentativa de venda do petróleo da União decorrente dos contratos de Partilha da Produção será realizado entre agosto e setembro e serão ofertados em leilão na B3 o mesmo volume de 1,8 milhão de barris de petróleo da primeira tentativa, em 30 de maio, e que não teve nenhum comprador, apesar de a Shell ter se inscrito.

Ele explicou que o fracasso do primeiro leilão pode ser explicado por dois fatores. O político, já que a votação da lei que permite a venda direta de petróleo da União pela empresa só ocorreu em meados de maio, e o de logística, já que o Brasil está longe do mercado consumidor, e para retirar o petróleo vendido é necessário ter navios do tipo Posicionamento Dinâmico, unidades caras e que tornam a operação mais onerosa.

Ele justificou ainda que a venda de petróleo no Brasil é um mercado novo e a PPSA é a primeira comercializadora, um trabalho hoje feito pelas empresas que produzem a commodity no País e que possuem estrutura para comprar o petróleo da PPSA.

“Hoje, pequena parte da produção é exportada e pelos próprios produtores, não temos uma empresa que comercialize esse petróleo, somos a primeira, somos um novo player de um mercado que está sendo criado”, avaliou.

Mesmo sem mudanças na logística, Flores estima que o segundo leilão pode ter sucesso. “A gente vai vencer esse desafio”, disse.

Segundo Flores, nos próximos três anos o volume vendido não deve atrair grandes compradores, mas em quatro anos o campo de Libra estará produzindo mais que hoje e poderá atrair outras empresas.

“Nesses primeiros três anos serão quantidades menores, e não atrai compradores que não operam hoje no Brasil”, explicou.