Leila Pereira apareceu em seu hotel em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, para falar com a imprensa nesta quinta-feira em uma conversa que não estava programada e, inicialmente, duraria apenas dez minutos. A presidente do Palmeiras, acostumada a se estender nas respostas, falou mais do que o previsto. E foi sincera. Ela disse não ter assistido à vitória do Chelsea por 1 a 0 sobre o Al Hilal. O time inglês será o adversário do clube alviverde na decisão do Mundial de Clubes, neste sábado, às 13h30 (de Brasília), no Mohammed Bin Zayed Stadium.

“Quer que eu te fale uma coisa com toda a sinceridade? Não assisti ao jogo ontem”, comentou. “Independentemente de quem fosse, estamos trabalhando para disputar o Mundial, com muita humildade, pé no chão. Então tanto Chelsea como qualquer outro clube, vai ser um jogo extremamente difícil. É uma final de Mundial. Não se pode menosprezar nenhum time”, projetou a presidente.

A empresária entende que o favoritismo “pode ser deles”, do Chelsea, o clube mais poderoso financeiramente e atual campeão europeu. Mas isso não anula a confiança que ela tem nos jogadores, que podem levantar a primeira taça desde que Leila assumiu o cargo mais proeminente do clube, no fim do ano passado.

“Estamos disputando o Mundial com o campeão da Liga dos Campeões. É um jogo extremamente difícil, mas já é um grande feito estarmos aqui nesse patamar disputando o Mundial. Estamos aqui para lutarmos pra voltarmos pro Brasil com esse troféu”, avisou.

E como é a rotina de Leila Pereira, como presidente do clube, em Abu Dabi? Ela disse que continua sendo a mesma pessoa de antes de assumir o comando da instituição, mas com mais responsabilidades.

“Estou aqui para dar o suporte com a comissão técnica, almoço com eles, acompanho os treinamentos, mas sei exatamente qual a minha posição, sou presidente e estou aqui para defendê-los e dar todo o apoio para o que necessitam. A presidente é importante em qualquer situação, nas espetaculares e nas situações difíceis”, observou ela, desejando viver no sábado uma “situação histórica”, com o tão almejado troféu.

“O que o presidente está fazendo é o melhor para o Palmeiras. Estou sempre pensando na instituição. Ninguém é mais importante. Todas as minhas decisões são para melhorar o clube. Não estou aqui para ser corporativista, para prestigiar aquele ou aquele”, completou a mandatária.