Leia em IstoÉ A Semana: Petróleo Amazônico

Apesar do receio de possíveis vazamentos e acidentes, a Petrobras tem um histórico invejável de exploração em águas profunda

Leia em IstoÉ A Semana: Petróleo Amazônico

Em tempos de acirrados debates sobre aquecimento global e as calamidades que dele decorrem, discutir a expansão da exploração petrolífera é sempre assunto delicado. A situação se torna mais polarizada quando a exploração em questão vai acontecer em uma área tida como santuário natural e dotada de um ecossistema complexo e delicado.

É exatamente esse o nó que se formou em torno da liberação da pesquisa exploratória na bacia Foz do Amazonas, a ser conduzida nos próximos meses pela Petrobras. Para piorar, a confusão se dá a menos de um mês da realização da COP30, evento global da ONU sobre as mudanças climáticas, em Belém.

Independente do contexto turbulento, incluindo aí a questão política relatada na reportagem de Leonardo Rodrigues com colaboração de Matheus Almeida que começa na página 7, o assunto precisa ser avaliado de forma racional.

O governador do Amapá, Clécio Luis, em entrevista a João Vitor Revedilho publicada a partir da página 4, defende, por exemplo, a utilização de boa parte dos royalties decorrentes da exploração em programas de preservação ambiental. Apesar do receio de possíveis vazamentos e acidentes, a Petrobras tem um histórico invejável de exploração em águas profundas. Debates são necessários, mas sem paixões, preconceitos e radicalismo.