 "Leia em IstoÉ A Semana: Enfim uma solução?")
O dia 7 de outubro de 2023, um sábado de outono na região fronteiriça de Israel com a Faixa de Gaza, entrou para história por dois motivos. O primeiro foi a barbárie inominável cometida pelo Hamas contra moradores da região e frequentadores de uma rave que deixou 1.200 mortos e 251 reféns, dos quais a imensa maioria morreu em cativeiro — 21 foram libertados e estima-se que hoje existam outros 20 ainda vivos.
O segundo motivo foi a reação descomunal do governo israelense contra Gaza, o refúgio dos terroristas que perpetraram o ataque de outubro. A ofensiva alimentada por ataques feitos por milhares de bombas, mísseis e drones assassinos levou à pulverização das cidades do território e morte de mais de 67 mil palestinos, incluindo cerca de 20 mil crianças, segundo números da ONU. Outros 170 mil ficaram feridos, dos quais 40 mil sofreram sequelas permanentes.
Exatos dois anos depois de iniciada a carnificina, deram-se os primeiros e mais promissores passos para uma tentativa de se alcançar a paz na região. Reunidos no Egito, representantes de Israel e do Hamas circundados por emissários dos Estados Unidos e outros países aceitaram iniciar um cessar-fogo e construir uma solução política para o conflito. É um passo ainda tíbio e vacilante, cercado de expectativas e receios. Mas é importantíssimo.
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