Poucas coisas são tão aterrorizantes quanto a ameaça de envenenamento coletivo levada a cabo por criminosos gananciosos e inescrupulosos. Foi justamente essa situação que se desenhou nos últimos dias com o surgimento de suspeitas de intoxicação por metanol (um solvente de uso industrial) entre pessoas que tomaram bebidas alcoólicas de marcas respeitadas e conhecidas. Os primeiros casos se concentraram na cidade de São Paulo e São Bernardo do Campo. Depois, a suspeita se estendeu para Recife e Brasília.
Ao final da semana, no fechamento desta edição na tarde de quinta-feira, 2, os dados oficiais davam conta de 59 casos suspeitos de intoxicação com uma morte confirmada e sete em investigação (três em São Paulo, duas em São Bernardo e duas em Recife). O desenrolar dos acontecimentos detonaram ondas de choque entre estabelecimentos comerciais dos mais diversos tamanhos e perfis, gigantes globais da indústria de bebidas, secretarias estaduais de governo e ministérios.
No epicentro de tudo uma realidade chocante: a facilidade com que se adultera bebidas no país. Dados oficiais dão conta que um terço dos destiladas tem algum grau de adulteração, o que garante lucros consideráveis aos responsáveis. Uma realidade inaceitável e que precisa ser combatida.
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