Um projeto de lei que contempla a pena de morte para “terroristas” foi adotada nesta quarta-feira (3) pelo Parlamento israelense na leitura preliminar por uma apertada maioria (52 votos a favor e 49 contra).

O projeto de lei, apresentado pelo partido do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e apoiado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ainda deve passar por três leituras para ser adotado.

O texto prevê que os tribunais militar podem decretar por maioria simples a pena de morte para os “crimes terroristas”.

Durante o debate que precedeu esta primeira votação, Lieberman afirmou que a nova lei constituiria “um meio de dissuasão poderoso contra terroristas, certamente mais eficaz do que a destruição das casas de seus parentes”.

Para Netanyahu, que estava presente na votação, “trata-se de fazer justiça diante de casos extremos”.

“É hora de aplicar a pena de morte para os terroristas nos casos mais graves”, havia declarado o primeiro-ministro durante uma visita de condolências às famílias de três vítimas de um ataque mortal em julho em uma colônia da Cisjordânia.

A pena de morte é contemplada na lei militar israelense na Cisjordânia ocupada, mas nunca foi pronunciada.

A lei nas fronteiras reconhecidas de Israel prevê a pena de morte para os crimes contra a humanidade e traição. Foi aplicada pela última vez contra o criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann, condenado em 1961 e enforcado um ano depois.