O governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou nesta terça-feira uma lei que impediria o presidente Donald Trump de aparecer na cédula das eleições primárias do estado a menos que revele suas declarações de impostos.
Apesar de existirem poucos indícios de surgimento de um forte adversário republicano para concorrer com Trump pela indicação do partido para a eleição presidencial de 2020, os democratas estão tentando forçar o presidente americano a entregar seus comprovantes financeiros.
A lei que entrou em vigor na terça-feira não menciona o nome de Trump.
Mas o presidente dos Estados Unidos rompeu com a tradição e se recusou a divulgar suas declarações quando lançou sua campanha em 2016.
A medida ocorre em um momento em que os legisladores democratas abriram investigações com foco nas declarações de imposto de renda de Trump, bem como em questões relacionadas aos esforços russos para influenciar as eleições de 2016.
A nova lei da Califórnia determina que qualquer candidato à presidência dos Estados Unidos deve apresentar uma declaração fiscal de cinco anos para poder disputar as eleições primárias no estado mais populoso do país.
Foi aprovada pelo legislativo da Califórnia, que é principalmente democrata, no mês passado e parece afetar apenas os candidatos se apresentarem nas eleições primárias de seus partidos, mas não nas eleições gerais de novembro de 2020.
A equipe de campanha de Trump disse que as leis estaduais sobre a elegibilidade dos candidatos presidenciais são inconstitucionais.
Jay Sekulow, advogado do presidente, disse que a lei da Califórnia “será respondida no tribunal”, segundo a imprensa americana.