O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, disse nesta quarta-feira (22) que as eleições legislativas de domingo são “mais importantes do que as presidenciais de 2027”, em meio à forte volatilidade da cotação do peso.
A Argentina enfrenta uma corrida cambial que não dá sinais de trégua, apesar do apoio financeiro de Washington, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condicionou à vitória do partido de seu aliado Javier Milei nas eleições de domingo.
“O mundo está olhando para essas eleições, quer ver nosso povo revalidar este curso”, disse o ministro, na Bolsa de Comércio de Córdoba. Ele afirmou que o regime cambial “se manterá exatamente igual”, numa tentativa de dissipar os temores de desvalorização do peso após as eleições.
Há mais de um mês, a moeda argentina está sob forte pressão dos mercados financeiro, que a consideram sobrevalorizada. O peso voltou a se desvalorizar ontem, apesar da intervenção do Banco Central, que vendeu 45,5 milhões de dólares para conter a queda.
O ministro garantiu que o sistema cambial será mantido,”independentemente do resultado” das urnas. A moeda fechou a quarta-feira a 1.515 por dólar, sem variação.
“Hoje temos um Banco Central muito bem capitalizado, fundamentos sólidos e uma taxa de câmbio em um nível absolutamente razoável”, assegurou Caputo, que indicou que o preço do dólar poderia se ajustar “entre 10% e 20% para baixo” depois das eleições.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos prometeram à Argentina um apoio financeiro total de 40 bilhões de dólares (cerca de 215 bilhões de reais). Na última segunda-feira, foi assinado um acordo para um primeiro “swap” (troca de divisas) equivalente à metade desse valor.
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