Charles Leclerc havia acabado de conseguir a sua quarta pole consecutiva na temporada de 2019, algo que a Ferrari não conseguia desde 2001, no treino classificatório para o GP da Rússia, em Sochi. Mesmo assim, o piloto monegasco era a expressão do comedimento ao sair de seu carro para dar as primeiras entrevistas depois do feito.

O sorridente piloto de 21 anos foi informado que havia acabado de realizar algo que não ocorria desde a passagem da “lenda” Michael Schumacher pela escuderia, na ocasião em que obteve a impressionante sequência de sete poles com o carro vermelho entre o GP da Itália e o do Brasil, há 18 anos.

“Definitivamente, isto é muito, muito especial. Mas não quero pensar nestas estatísticas agora. Só quero focar no trabalho e ainda temos um longo caminho até amanhã (domingo)”, comentou Leclerc, antes de completar que está animado para a prova russa. “Temos sido muito competitivos durante todo o fim de semana, desde as simulações de corrida, e isso parece muito positivo”.

A grande preocupação do monegasco reside na longa reta que terá pela frente a partir da largada. Dos 5.848 metros totais do circuito de Sochi, nada menos que 450 são percorridos entre o primeiro posto do grid e o primeiro ponto de freada da pista.

“O carro estava incrível, definitivamente é ótimo estar na pole, mas não sei se é melhor largar em primeiro aqui. A reta é bem longa e a largada será importante como sempre, mas aqui é ainda mais por conta da reta”, explicou ele, preocupado com a disputa já prevista com a Mercedes do inglês Lewis Hamilton logo nos primeiros momentos da prova.

Leclerc fez um tempo de 1min31s628 para conquistar a sua sexta pole na carreira, seguido por Hamilton (1min32s030) e pelo alemão Sebastian Vettel (1min32s053), seu companheiro de Ferrari. A largada para o GP da Rússia, a 16.ª das 21 corridas do calendário da Fórmula 1 em 2019, está prevista para as 8h10 (de Brasília) deste domingo.