CAMPINAS, 4 NOV (ANSA) – Por Lucas Rizzi – A marca chinesa de carros elétricos Leapmotor iniciou oficialmente suas operações no Brasil nesta terça-feira (4) e promete competir em todos os principais segmentos da indústria automotiva no país para impulsionar a estratégia de eletrificação do grupo ítalo-franco-americano Stellantis.
Em entrevista a um restrito grupo de veículos de imprensa, incluindo a ANSA, o vice-presidente da Leap na América Latina, Fernando Varela, disse que a fabricante chega para “combater as outras marcas chinesas” que chacoalharam o mercado brasileiro com ofertas agressivas de carros híbridos e elétricos.
Os abre-alas da Leapmotor serão os SUVs B10 Elétrico e C10 Elétrico e Ultra-Híbrido, mas o portfólio no Brasil deve ser encorpado ao longo dos próximos meses.
“Queremos estar presentes nos principais segmentos do mercado brasileiro, portanto estamos trabalhando para ter uma cobertura de line-up correta nos próximos 12 a 24 meses”, declarou Varela.
A escolha por dois SUVs ? tipo de carro preferido do consumidor brasileiro ?, de acordo com o executivo, tem como objetivo a “criação de valor” para a montadora, que iniciará sua operação com uma rede de 36 lojas em 29 cidades do país, cobrindo “acima de 80% do mercado eletrificado”.
“Temos uma missão clara de que o nosso crescimento seja sustentável para nós e para a rede de concessionárias”, explicou Varela, acrescentando que o número de lojas deve aumentar conforme o portfólio for incrementado.
Algumas montadoras chinesas de carros eletrificados já iniciaram ou anunciaram produção no Brasil, estratégia que também está no horizonte da Leapmotor e da Stellantis, porém nenhuma decisão foi tomada até o momento.
A estreia na América do Sul também inclui o Chile e, para 2026, Varela prevê a abertura de “pelo menos três ou quatro mercados” na região, com a vantagem de ser parte integrante de um grupo automotivo já enraizado e com experiência nos países locais.
“A Stellantis nos permite ter muitas vantagens competitivas no processo para lançar uma marca. Todas as variáveis são muito bem conhecidas por nós, e isso facilita para nós”, ressaltou o executivo, destacando que a parceria com o grupo ítalo-franco-americano produzirá “muitas coisas positivas”.
(ANSA).