VATICANO, 24 MAI (ANSA) – Antes de se tornar o papa Leão XIV, o então bispo Robert Francis Prevost, de Chiclayo, no Peru, criou uma comissão para ajudar mulheres a escapar da prostituição forçada.
A informação foi revelada por uma sobrevivente do tráfico que trabalhou com o primeiro pontífice norte-americano, Silvia Teodolinda Vasquez, ao jornal argentino “La Nácion” na última sexta-feira (23).
A mulher, de 52 anos, contou que conheceu Leão XIV quando, em 2017, ele criou uma comissão diocesana sobre migração e tráfico de pessoas.
O então bispo Prevost estava preocupado com a conexão entre o enorme fluxo de migrantes venezuelanos para o Peru e o crescente número de profissionais do sexo,.
Na ocasião, se encontrou com as Irmãs da Adoração do Santíssimo Sacramento, que trabalhavam para ajudar mulheres forçadas à prostituição, e pediu que elas se juntassem à comissão que ele estava formando, relatou Vázquez ao jornal.
Segundo ela, as irmãs eram ativas há muito tempo na luta contra o tráfico de pessoas e ofereciam às mulheres maneiras de se sustentarem, libertando-se da exploração.
A congregação, inclusive, chegou a ser homenageada com um prêmio do Departamento de Estado dos EUA por seu trabalho, em 2005.
De acordo com Vázquez, a comissão criada por Prevost também construiu, com a ajuda dos Vicentinos e da Cáritas, um abrigo para mulheres nos arredores de Chiclayo.Mais de 5 mil pessoas já passaram pelo local.
O agora papa Leão XIV apoiou todos os esforços da comissão e também organizou retiros para vítimas de tráfico e prostitutas.
(ANSA).