11/09/2019 - 3:00
De acordo com uma pesquisa realizada pela Cia Talentos, recentemente, o número de colaboradores que acreditam nos discursos das empresas em que trabalham é mais baixo do que o esperado – apenas 22%. Mas qual seria o papel dos líderes diante deste cenário? Isso está ligado diretamente na formação dessas lideranças, que dá sinais de evolução, porém não no ritmo que deveria ser.
Com o tempo, o líder deixou para trás aquele perfil “sisudo”, com cara de poucos amigos e que faz cobrança sem antes ter ensinado e treinado uma equipe. Hoje, quem possui tal característica, está ultrapassado e se sobrevive, com certeza irá agonizar no próximo desafio que encontrar fora de sua zona de conforto.
O dito popular “dançar conforme a música”, não deve ser jamais aceito por um líder, pelo contrário, ele deve ser o regente da música, buscando transformar toda a atmosfera ao seu redor. Ao contrário do que se imagina, o líder não deve atuar de acordo com o momento que está vivendo. Inspirar-se em outros líderes sim, mas com ressalvas. Grandes líderes que foram no passado, talvez não se encaixam nesta época, como por exemplo revolucionários que derrubaram impérios, com ética questionável, com o objetivo de obter o resultado final a qualquer custo.
Identificar líderes obsoletos e suas falhas é possível no dia a dia, mas driblar o caminho que eles seguem e não se contaminar com essas atitudes nem sempre é uma tarefa fácil. Um fato há de se concordar: a humanização dentro das empresas por meio do uso da tecnologia e soft skills, tem permitido que cada vez mais líderes humanizados surjam com o propósito de melhorar o conceito da cultura organizacional. Entretanto, ainda existem gestores desqualificados: que desmotivam, que subutiliza do poder para conseguir algo.
E o que resta por parte da empresa ou mesmo em nossa sociedade, ao expandir para a educação dentro de sala de aula? Identificar e formar líderes inspiradores, que de alguma forma estejam inseridos na sociedade com a única e exclusiva função de formar heróis. Independente do sexo, idade, religião, cargo hierárquico ou classe social, o líder contemporâneo deve estar disposto a ser um advogado de um causa junto a sua equipe, não focar apenas na obrigação, mas sim ter um propósito de estar engajado naquela função.O líder atual deve estar disposto a ramificar o seu conhecimento para formar outros líderes e para assim expandir suas habilidades técnicas.
Em um mundo cada vez mais polarizado, torcemos para que o modelo ideal de liderança contagie tanto atual geração quanto as que ainda estão por vir, pois o futuro do líder está associado diretamente a inspirar, ser receptivo com opiniões, ampliando a percepção de visão dos liderados para assim poder “ordenar”.
Leandro Moreira é empresário, palestrante, especialista em liderança corporativa e em desenvolvimento de equipes de alta performance