SÃO PAULO, 25 SET (ANSA) – O advogado Frederick Wassef, que já representou o presidente Jair Bolsonaro e um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi denunciado nesta sexta-feira (25) pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro sob suspeita de peculato e lavagem de dinheiro.

A denúncia faz parte do desdobramento da operação “Esquema S”, que investiga um suposto esquema de desvios de entidades do Sistema S do Rio.

Além de Wassef, outros quatro também foram denunciados: Orlando Diniz, o ex-presidente da Fecomércio-RJ; o empresário Marcelo Cazzo; e as advogadas Luiza Nagib Eluf e Marcia Carina Castelo Branco Zampiron.

Segundo os investigadores, foram encontradas movimentações suspeitas nas contas do escritório do ex-advogado de Bolsonaro entre dezembro de 2016 e maio de 2017.

Wassef e advogada Márcia Zampiron, mulher de Ivan Guimarães, são acusados de receber recursos desviados do Sistema S por meio do escritório da advogada Luiza Eluf, que firmou contrato de R$ 4,4 milhões com a entidade.

Os investigadores querem saber se o dinheiro foi empregado para alguma atividade concreta ou apenas para o interesse exclusivo de Orlando Diniz, como, por exemplo, perseguição de adversários pessoais.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), “os membros já denunciados da organização criminosa se valiam do uso de contratos falsos com escritórios dos réus ou de terceiros por eles indicados, em que serviços advocatícios declarados nos contratos não eram prestados, mas remunerados por elevados honorários”. (ANSA)