A Olimpíada de Tóquio já tem seu nome marcada na história mesmo antes da cerimônia de abertura e da disputa da maioria das modalidades da competição. Primeiramente, o evento, que deveria ter acontecido em 2020, teve de ser adiado devido a pandemia da covid-19. Mesmo com o adiamento, a Pandemia ainda não acabou e o torneio ocorrerá mesmo durante os avanços de casos da doença no Japão, país sede da competição. Além disso, outro motivo importante para que o evento já tenha deixado sua marca na história, é a participação de Laurel Hubbard, primeira atleta transgênero da história da Olimpíada.

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Laurel Hubbard irá disputar a competição pela Nova Zelândia, país de pouca tradição nos Jogos Olímpicos. A modalidade de Lauren é o levantamento de peso feminino na categoria acima de 87kg.

Desde a confirmação da convocação da atleta neozelandesa, muitos debates foram gerados a respeito do assunto. Enquanto muitas pessoas, envolvidas ou não na organização do evento, acreditam que a participação de Lauren é injusta devido a sua mudança de sexo, outra grande parcela de fãs e organizadores consideram sua participação um momento histórico e de avanço no combate a discriminação da população LGBTQIA +.

Para permitir que Lauren pudesse competir na Olímpiada, foi necessário que a atleta mantivesse , durante 12 meses, o nível de testosterona do corpo abaixo de 10 nmol/l, número determinado pela Federação Internacional de Levantamento de Peso (IWF).

Esse foi, inclusive, um dos parâmetros utilizados para que o Presidente do Comitê Olímpico Internacil (COI), Tomas Bach, falasse sobre a participação de Lauren, acreditando que não há injustiças. “A Federação Internacional estabeleceu critérios de classificação. É um tema que envolve medicina e direitos humanos. Finalmente chegamos a um conjunto de regras para determinar uma solução. E essas regras têm que validar uma competição justa”, declarou.

O debate acerca da participação de Lauren continuará ocorrendo durante toda a competição. Até o momento, já houveram diversas discussões sobre o tema LGBTQIA + nesses primeiros dias de Olimpiada. Na última quarta-feira (22), inclusive, o COI havia proibido protestos em fotos e vídeos nas redes sociais, incluindo os relacionados a esse tema. Posteriormente, o Comitê voltou atrás na decisão, permitiu a veiculação dessas imagens e vídeos, e ainda permitiu que atletas utilizassem apetrechos com o desenho de arco-íris, símbolo da causa, durante os eventos esportivos.