Laudo mostra que empresário morto no Autódromo de Interlagos não bebeu ou fumou

Empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior
A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior é tratada como suspeita Foto: Reprodução

Um laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que o empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos, encontrado morto no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), não consumiu drogas ou álcool antes de morrer. O amigo que acompanhava a vítima no evento, Rafael Aliste, havia dito que ambos tinham tomado cervejas e fumado maconha.

O homem prestou novo depoimento nesta quinta-feira, 12. A oitiva durou mais de seis horas. Rafael foi a última pessoa vista publicamente com o empresário, que desapareceu no dia 30 de maio. As informações são da “CNN Brasil”.

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Durante depoimento, o amigo do empresário afirmou que os dois tinham bebido cerca de oito cervejas e fumado maconha com desconhecidos. Entretanto, a versão foi contradita pelo laudo toxicológico, que não apresentou a presença de álcool ou drogas no corpo da vítima.

A delegada Ivalda Aleixo, que é responsável pelo caso, comentou que o depoimento de Rafael possui lacunas e contradições. O amigo do empresário foi ouvido para prestar esclarecimentos sobre as inconsistências.

A perícia identificou escoriações no pescoço de Adalberto. As autoridades solicitaram, além do laudo toxicológico que não apontou a presença de álcool e drogas, uma autópsia, que deve identificar o motivo da morte, e uma análise de DNA do sangue encontrado no carro da vítima.

Além do amigo do empresário, a esposa de Adalberto e os seguranças do evento que era realizado no Autódromo de Interlagos também prestaram depoimento.

Investigação

O corpo de Adalbero foi encontrado sem calça e sem tênis. Há suspeita de que, se ele foi colocado no buraco, a pessoa tinha muito conhecimento sobre o local.

Exames realizados pelo IML (Instituto Médico Legal) não identificaram fraturas ou sinais de trauma no corpo. No dia 7 de junho, a polícia encontrou marcas de sangue no carro do empresário, que foram encaminhadas para análise.

Em 9 de junho, três organizadores do evento de moto conversaram com a polícia. No dia seguinte, cinco seguranças que trabalham no local prestaram depoimento, e a corporação conseguiu mapear o possível trajeto de Adalberto.