A Polícia Militar do Paraná (PM-PR) apresentou uma laudo, nesta quinta-feira (1º), no qual aparece a causa da morte do presidente da torcida Fúria Independente do Paraná Clube, Mauro Machado Urbim. O documento afirma que o torcedor foi morto após ser pisoteado por cavalo da PM.

Mauro morreu há um mês aos 41 anos durante ação da Polícia Militar no jogo entre Paraná Clube e Cascavel FC pela Série D do Brasileirão, na Vila Capanema. Urbim chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Posicionamento da PM

Em entrevista, o tenente-coronel da PM, Angelotti, disse que o inquérito não indiciou culpados pela morte de Urbuim. Além disso, o policial afirmou que os agentes envolvidos no caso não serão afastados.

“Os policiais continuarão trabalhando normalmente, porque agiram dentro da técnica esperada numa situação em que o resultado não era o esperado, mas não foi apontada nenhuma irregularidade na conduta dos policiais”, disse Angelotti.

Outra investigação

Além da análise da PM-PR, a Polícia Civil também abriu uma investigação para apurar a morte do torcedor do Paraná. O laudo apresentado nesta quinta foi feito pela Polícia Científica do Paraná.

“Houve uma somatória de efeitos negativos nesse caso que culminou, infelizmente, com a fatalidade da morte de Mauro”, afirmou o delegado Luiz Carlos Oliveira, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos da Polícia Civil (Demafe).

Por outro lado, a família da vítima contesta a versão da PM, pois a polícia apresentou três versões para o caso, o que, segundo os familiares, não pode ser considerada uma fatalidade.

Mais conhecido como Maurinho, o presidente da Torcida Fúria Independente (TFI), estava há pouco mais de duas décadas na torcida organizada e deixou esposa e um filho.