A declaração de óbito de Leonardo Martins da Silva Júnior, de 20 anos, um dos sete mortos após operação policial na Favela Cidade de Deus mostra que ele teve ferimentos por objeto “perfuro cortante”. Para o pai dele, o pastor Leonardo Martins da Silva, de 45 anos, não há dúvida de que o filho foi executado. “É execução. Ele não tinha apenas ferimento à bala. Ele foi esfaqueado”, afirmou.

A madrasta dele reagiu inconformada. “Eu não estou aqui para defender criminoso. Ele era traficante. Mas o policial se formou para fazer o bem. Por que não prenderam?”, indagou Leila Martins da Silva, de 50 anos.

Fabio Cardoso, delegado da Divisão de Homicídios, levantou a hipótese de os sete jovens terem sido mortos por milicianos da favela Gardênia Azul. Os dois grupos vinham se enfrentando desde quinta-feira, 17.

O pai de Leonardo não acredita nessa possibilidade. “O último confronto foi na sexta-feira. Meu filho foi morto na madrugada de domingo, na mata. O Bope estava na mata”, afirmou. Ele disse esperar que seja feita investigação das mortes.

Enquanto as famílias dos mortos estavam no Instituto Médico Legal, chegou a informação de que a polícia havia entrado na casa de uma delas e revistado o imóvel. O grupo deixou o IML às pressas.

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