O lateral-esquerdo Beausejour anunciou sua aposentadoria da seleção do Chile. O último jogo do atleta, que foi bicampeão da Copa América com o time chileno, foi a derrota por 2 a 1 para a Argentina neste sábado, em São Paulo, que valia o terceiro lugar da competição continental.

“Minha história como jogador do Chile terminou. Eu analisei isso comigo mesmo. Eu tinha pensado nisso por um tempo. Embora existam algumas coisas por trás dessa decisão, minha aspiração era sempre deixar a equipe nacional em um nível competitivo e acho que conseguimos”, disse o jogador de 35 anos, que atualmente defende a Universidad de Chile.

Beausejour é o único jogador do Chile a marcar em duas Copas do Mundo. Ele, que participou de quatro edições da Copa América, balançou as redes no Mundial de 2010, na África do Sul, e no de 2014, no Brasil. O lateral deixa a seleção chilena depois de disputar 107 partidas e marcar seis gols. Em 2005, teve uma passagem rápida pelo Grêmio.

Beausejour foi um dos líderes da equipe chilena nos últimos anos. Voz ouvida e respeitada entre colegas e treinadores. Ele era um dos pilares do grupo atual ao lado de Gary Medel, que acabou expulso diante da Argentina por conta de uma confusão com Messi, e Arturo Vidal, meia do Barcelona.

Fora de campo, Beausejour virou símbolo de luta contra o preconceito em seu país. O jogador, descendente de indígenas e haitianos, participou de manifestações em razão do assassinato do mapuche Camilo Catrillanca, neto de um líder indígena, pela polícia do Chile. O lateral chileno carrega o sobrenome mapuche Coliqueo, que usou em sua camisa como forma de protesto depois da morte de Catrillanca.

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