A LAN Express, filial da LATAM no Chile, anunciou nesta quarta-feira (18) que vai ampliar os cancelamentos e reagendamentos de voos nacionais, após seus tripulantes de cabine rejeitarem um acordo para dar fim à greve, que já dura oito dias.
Os tripulantes rejeitaram o acordo proposto pela companhia aérea na terça e decidiram estender a greve. Desde seu começo, a transportadora já precisou cancelar ou reagendar mais de 600 voos nacionais e algumas conexões na América Latina – uma medida que vai continuar por mais uma semana.
“Estamos muito conscientes de que nossos passageiros são os mais afetados por esta paralisação. Por isso, estamos fazendo todos os esforços para mitigar os impactos que esta situação provoca”, afirmou Claudia Sender, vice-presidente sênior de clientes do LATAM Airlines Group.
As operações de longa distância não serão afetadas, segundo a LATAM.
Passageiros afetados poderão trocar a data, ou origem, de seus voos, bem como exigir a devolução dos custos dos bilhetes aéreos sem nenhuma penalidade.
O sindicato, que reúne 940 tripulantes, iniciou sua greve em 10 de abril para exigir melhorias em suas condições de trabalho, sobretudo na questão dos turnos.
A Latam, maior companhia da América Latina – resultado da fusão da brasileira TAM com a chilena LAN em 2015 -, ofereceu uma redução dos turnos. Contudo, os funcionários decidiram rejeitar a proposta, que lhes tirava “outros benefícios que, na prática, pioravam a condição de descanso”, indicou uma nota dos funcionários.
“Nos entristece profundamente que a empresa tenha preferido custear os prejuízos milionários que a greve representa, com o dano isso traz aos passageiros e funcionários”, disse Silka Seitz, presidente do sindicato.