Representantes do governo do Equador e do laboratório chinês Sinovac assinaram um acordo nesta quarta-feira (23), em Quito, para instalar no país uma fábrica de produção de vacinas contra a covid-19 e outras doenças.

“O Equador foi priorizado para a construção” de um laboratório da Sinovac para pesquisa científica e produção de vacinas, disse a ministra equatoriana da Saúde, Ximena Garzón, que assinou o convênio com o gerente de operações para a América Latina da empresa chinesa, Jack Tang.

Garzón acrescentou que a fábrica, que deverá entrar em operação no prazo de dois anos, vai fabricar, além de vacinas contra a covid-19, imunizantes contra doenças como a catapora e a poliomielite, com as quais pretende abastecer o mercado nacional e regional.

“Vamos reforçar a capacidade de produção biológica do nosso país”, afirmou a autoridade.

A Sinovac fará um investimento inicial de 50 milhões de dólares na construção de seu laboratório no Equador, segundo Tang. A capacidade de produção e onde a planta será instalada ainda são desconhecidas.

Sinovac e Equador iniciaram as negociações em 2021 e fecharam o acordo após visita do presidente Guillermo Lasso a Pequim, no início de fevereiro.

Lasso também conversou com seu homólogo russo, Vladimir Putin, no ano passado, sobre a possibilidade de o Instituto Gamaleya de Moscou fabricar suas vacinas anticovid em território equatoriano.

O laboratório biofarmacêutico chinês é o principal fornecedor da vacina contra o coronavírus para o Equador, que em 2020 teve um dos primeiros surtos da pandemia na América Latina.

Atualmente, o Equador registra cerca de 823 mil casos (4.650 por 100 mil habitantes) de covid-19 e 35.200 mortes.

O governo equatoriano tornou obrigatória a vacinação contra a doença para a população a partir dos três anos, além de manter a exigência do uso de máscaras.

Com 17,7 milhões de habitantes, o Equador completou o esquema de imunização contra este vírus para 13,5 milhões de pessoas e aplicou o primeiro reforço a quase 3,9 milhões.

Garzón frisou que o país vai melhorar a imunidade a nível comunitário e que em março ou abril “já poderemos retirar nossas máscaras em locais abertos”.