A La Liga formalizou, nesta segunda-feira, em comunicado oficial, uma queixa onde relata insultos racistas em partida realizada neste sábado, pelo Campeonato Espanhol. O jogador Marcos Acuña e o treinador Quique Sánchez, ambos do Sevilla, foram alvos dos protestos no encontro com o Getafe.

De acordo com informações do jornal espanhol Marca, o ofício foi enviado à RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol) e também à Comissão Antiviolência relatando o que aconteceu na partida.

A partir do minuto 68, o ofício aponta que, a pedido do assistente número dois, o juiz se dirige ao delegado local pedindo para ativar o protocolo contra o racismo e emitir uma mensagem pelos alto-falantes do estádio.

Próximo do campo, nas arquibancadas. um torcedor se dirigiu ao camisa 19 do Sevilla e agiu de forma discriminatória ao dizer: “Acuña mono (macaco)” e “Acuña você vem do macaco”.

Após o incidente no campo, foi veiculada uma mensagem pelo sistema de comunicação do estádio, onde o Getafe condenava qualquer ato, manifestação ou canto que incentivasse a violência a xenofobia, o racismo e a intolerância.

No banco de reservas onde estavam os suplentes do Sevilla e os integrantes da comissão técnica, mais problemas nessa linha se sucederam. A partir do minuto 69, de acordo com o comunicado da entidade, Quique Sánchez também foi alvo de torcedores mais exaltados e foi chamado de “cigano”.

Cantos ofensivos também foram citados no comunicado. Torcedores que estavam na área extremo sul inferior, no setor J, localizado atrás do gol do estádio, entoaram gritos de “a peste está chegando, a peste do Sevilla, com aqueles chifres que ficam visíveis.”

Após a partida, o Sevilla, por meio de suas redes sociais, fez um comunicado condenando qualquer tipo de ato ou insulto racista sofrido por seu atleta e treinador.