O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou nesta sexta-feira (12) que reconduziu Kristalina Georgieva para um segundo mandato de cinco anos à frente da instituição financeira internacional.

O novo mandato de Kristalina, que era candidata única, terá início em 1º de outubro, informou o fundo.

“Ao tomar esta decisão, o conselho reconhece a liderança forte de Kristalina durante seu mandato, superando uma série de comoções globais importantes. Ela liderou a resposta sem precedentes do FMI a esses choques”, declararam Afonso Bevilaqua e Abdullah BinZarah, membros do conselho citados na nota.

“Sou profundamente grata pela confiança e o apoio do Conselho Executivo do Fundo, que representa nossos 190 membros, e me sinto honrada por continuar dirigindo o FMI”, reagiu Kristalina em um comunicado divulgado após a notícia da sua permanência no cargo.

A economista búlgara, nascida em Sófia em 1953, chefia o FMI desde outubro de 2019, depois de ter sido diretora-gerente do Banco Mundial (BM) por quase três anos.

Antes de ingressar nas instituições financeiras internacionais, Kristalina Georgieva trabalhou por seis anos na Comissão Europeia, primeiramente como encarregada de Cooperação Internacional durante a presidência de José Manuel Barroso, depois de Orçamento e Recursos Humanos sob o mandato de Jean-Claude Juncker, antes de se tornar vice-presidente da Comissão entre o fim de 2014 e o fim de 2016.

A diretora do fundo disse à AFP no mês passado que estava à disposição para continuar à frente da instituição, depois de receber o apoio dos ministros das Finanças da União Europeia (UE) dias antes. Seu mandato atual termina em 30 de setembro.

A decisão anunciada hoje encerra o processo de nomeação do novo diretor-gerente do Fundo, iniciado em 13 de março, que estava previsto para se estender até o fim de abril. Também permite confirmar Kristalina antes do início das reuniões da primavera do FMI e do BM, que vão começar na próxima terça-feira, com a publicação da atualização do relatório de perspectivas da economia mundial (WEO), e se estenderão até sexta-feira.

Tradicionalmente, os países europeus propõem o diretor-gerente do FMI, e os Estados Unidos, o presidente do Banco Mundial. O sistema é questionado pelos principais países emergentes, mas a distribuição do capital destas duas instituições favorece os Estados Unidos e a UE.

Há um ano, foi nomeado o novo presidente do BM, Ajay Banga, nascido na Índia, mas com nacionalidade americana, seguindo um procedimento similar.

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