Ouvir perguntas sobre a crise do Manchester United, que tem o técnico Erik Ten Hag com o cargo em risco, é um incômodo para Jürgen Klopp, treinador do Liverpool, às vésperas do embate deste domingo com o rival. O alemão não gosta de ver seu time sendo colocado como favorito absoluto frente a um adversário tão tradicional, mesmo que a fase de ambos e o histórico dos últimos confrontos sejam argumentos suficientemente justos para atribuir o favoritismo ao time de Anfield.

“Eu não gostou quando as manchetes sobre o United não são boas antes de um jogo deles contra nós, porque é como: ‘ok, então este é o jogo que eles podem consertar tudo'”, comentou Klopp. “Eu não acompanho o United tão de perto para saber exatamente qual o problema que há por lá, mas eu vi Erik Ten Hag ser o treinador do mês no mês passado e eu vi que o time estava em forma no mês passado. Então, como posso estar errado? Simplesmente não entendo isso.”

O United chegará ao clássico bastante pressionado, pois, no meio da semana, perdeu para o Bayern de Munique e foi eliminado na fase de grupos da Liga dos Campeões, terminando atrás de Copenhague e Galatasaray em seu grupo. Mais do que o momento ruim do rival, pesa a favor do Liverpool o desfecho do último clássico no Anfield, também local da partida deste domingo, marcada para as 13h30. No encontro, o time de Klopp aplicou um histórico 7 a 0 sobre os rivais de Manchester, que não vencem na casa do adversário há quase oito anos. A goleada foi descrita pelo treinador alemão como “um resultado estranho que acontece uma vez na vida”.

Dessa vez, os “diabos vermelhos” vão encontrar uma atmosfera ainda mais assustadora em Liverpool, pois o estádio passou por reformas e estreará, no clássico, um novo trecho de arquibancadas que permitirá um público total superior a 57 mil pessoas, a maior quantidade já recebida no local em 50 anos. De acordo com o clube, quando o setor estiver operando com 100% da capacidade, o limite de público subirá para 61 mil pessoas.