Jürgen Klinsmann pegou todos de surpresa nesta terça-feira, quando renunciou ao cargo de técnico do Hertha Berlin após apenas dez jogos à frente do time, sendo nove do Campeonato Alemão.

“Não posso explorar meu potencial como treinador e não posso assumir minhas responsabilidades” sem a confiança das pessoas do clube, disse o ex-técnico da Alemanha e dos Estados Unidos em comunicado publicado no Facebook.

“É por isso que, depois de muito pensar, cheguei à conclusão de deixar o cargo de treinador da Hertha disponível e retornar à minha tarefa original de longo prazo de

membro do conselho fiscal”, escreveu Klinsmann.

Esperava-se muito de Klinsmann quando ele foi nomeado treinador no final de novembro. Com US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,08 bilhão) em recursos para investir em reforços, a expectativa era de que liderasse o time na busca por uma vaga em competições europeias. Mas a equipe ainda está lutando contra o rebaixamento.

Sob Klinsmann, o Hertha conseguiu apenas três vitórias em nove jogos no Alemão. A equipe está na 14ª posição, seis pontos acima da zona da degola, após uma derrota por 3 a 1 em casa para o Mainz no sábado, quatro dias depois de ter sido eliminado da Copa da Alemanha pelo Schalke.

Klinsmann foi consultado sobre as contratações feitas pelo Hertha na janela de transferências. O time se reforçou com Matheus Cunha, do RB Leipzig, Krzysztof Piatek, do Milan, Santiago Ascacibar, do Stuttgart, e Lucas Tousart, do Lyon.

Como jogador, Klinsmann teve uma brilhante carreira como atacante por clubes na Alemanha, Itália, França e Inglaterra. Ele ganhou a Copa do Mundo, em 1990, e a Eurocopa, em 1996. Sua carreira de treinador começou pela seleção da Alemanha em 2004, seguido por trabalhos no Bayern de Munique e na seleção dos Estados Unidos, pela qual ganhou a Copa Ouro em 2013.