Klara Castanho ganha ação na Justiça contra influenciadora que expôs caso de adoção

Klara Castanho ganha ação na Justiça contra influenciadora que expôs caso de adoção

Klara Castanho ganhou ação na Justiça contra Dri Paz por dano moral por ter exposto que a atriz foi deu para adoção o bebê que ele teve, fruto de uma violência sexual que ela sofreu. As informações são do colunista Rogério Gentile, do portal UOL, em publicação nesta terça-feira, 21.

O caso aconteceu há dois anos. Em 2022, jornalistas e influenciadores divulgaram que a artista entregou uma criança recém-nascida para adoção. Na ocasião, Klara revelou que a gestação ocorreu após ela ter sofrido um estupro.

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Mesmo diante dos julgamentos e do momento delicado que estava atravessando, a atriz escreveu uma carta aberta relatando os detalhes do crime de que foi vítima e como enfrentou a situação. 

No processo, movido na Justiça de São Paulo, Klara Castanho alegou que as críticas a ela a obrigaram a vir a público, por meio da carta aberta, mesmo após enfrentar traumas pela violência que sofreu.

Segundo o colunista, a Justiça condenou em primeira instância Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz, a pagar uma indenização por dano moral no valor de R$ 70,6 mil à atriz.

De acordo com a ação, a influenciadora tentou se eximir de sua responsabilidade na divulgação do caso ao publicar um vídeo em suas redes sociais pedindo perdão, logo após a divulgação da carta.

Responsável pela defesa de Klara Castanho, a advogada Luciana Leoni ressaltou que as declarações de Adriana Kappaz foram “irresponsáveis ​​e abusivas”. 

“Essa menina tá alegando pra gente que ela foi vítima de abuso, que essa criança é vítima de um abuso. Eu não posso afirmar, essa parte eu não sei, tá, gente? Porém, eu não acredito na história do abuso, gente. A história que chegou para mim primeiro foi que essa menina teve relações com um homem aí, que é comprometido, casado, não sei. Uma figura pública também muito conhecida que jamais assumiria essa criança. Essa é a história que chegou pra mim”, disse a influenciadora na ocasião.

A Justiça de São Paulo ainda entendeu que a influenciadora agiu de “forma temerária e irresponsável, ignorando qualquer cautela ou empatia, envolvida especificamente na exposição negativa à imagem da atriz, já fragilizada pela situação pessoal que vivenciara”.