Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que teria sido um dos supostos alvos de espionagem ilegal da chamada “Abin paralela” do governo Jair Bolsonaro (PL), processou a União em R$ 80 mil por danos morais.

O deputado apoiou Jair na eleição de 2018, mas depois o criticou no meio da gestão.

A defesa de Kim ressalta no documento que “por conta de sua oposição ao governo Bolsonaro, o autor foi politicamente atacado pelo ex-presidente da República e seus aliados por diversas vezes”.

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O texto ressalta que houve o uso da estrutura de inteligência do Estado para captar ou forjar informações com o objetivo de “denegrir a imagem do parlamentar”.

“Cumpre lembrar que o autor, como político, depende da sua imagem. Se a sua avaliação perante o povo for rebaixada, o autor dificilmente será reeleito para um assento no Poder Legislativo.”

De acordo com informações da PF, a espionagem era realizada via invasão de telefones e computadores utilizando um software adquirido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), à época sob a gestão de Alexandre Ramagem (PL-RJ).