O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira que a guerra de Israel contra seu país em junho tinha como objetivo desestabilizar o sistema da República Islâmica e provocar distúrbios para derrubá-lo.
“O plano do agressor era enfraquecer o sistema, atacando determinadas figuras e áreas sensíveis no Irã”, disse Khamenei em um comunicado publicado em seu site.
O aiatolá afirmou que os ataques buscavam provocar “distúrbios e levar as pessoas às ruas para derrubar o sistema”.
Israel lançou uma campanha de bombardeios sem precedentes contra o Irã em 13 de junho, matando comandantes militares e cientistas ligados ao programa nuclear.
Mais de 1.000 pessoas foram mortas no Irã durante o conflito de 12 dias, segundo as autoridades.
O Irã respondeu com uma série de ataques com drones e mísseis que deixaram 28 mortos em Israel, segundo autoridades locais.
Durante o conflito, os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra as instalações nucleares iranianas em Fordo, Isfahan e Natanz em 22 de junho.
A ofensiva israelense suspendeu as negociações previstas entre o Irã e os Estados Unidos, parte de um ciclo de debates sobre o programa nuclear de Teerã, iniciado em 12 de abril. Os diálogos ainda não foram retomados.
O Irã afirma estar aberto à diplomacia, mas precisa de garantias de que os Estados Unidos não recorrerão a ações militares.
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